sábado, 25 de julho de 2009



Colo quentinho

Trânsito parado
O mundo angustiado
Com cegueiras azadas

Meus olhos
Choraram e fecharam
Com pânico e vergonha
Do que viram

A inocência levada às calçadas
Pedindo sem saber
A necessidade de sobreviver

Um colo quentinho
A ampará-la e a pedir

Espere, querida
Que há de haver
Um coração a nos oferecer
Um cantinho quentinho
Para nos aquecer

E nessas palavras de oração
Chegou do alto a solução
Mãos carinhosas os levaram
O amanhã os anjos saberão

Ailezz

2 comentários:

  1. Nossa, vó, que poema forte.
    A gente que é mãe sente a dor, né?

    Talento puro.
    Beijo enorme.
    =*********

    ResponderExcluir
  2. Forte assim e de total realismo...só uma pessoa ativa e presente da vida como um todo é capaz de escrever.
    Orgulho mãe.
    Amooooooo
    Angel

    ResponderExcluir